Por que valorizar os artesãos locais?
Apoiar o artesanato local vai muito além do "não ao desperdício" — é investir em práticas sustentáveis e fortalecer a cultura da sua cidade. Quando compramos algo feito à mão, não estamos apenas adquirindo um objeto, mas também ajudando famílias, incentivando o reaproveitamento de materiais e contribuindo para uma economia mais justa.
Enquanto o artesanato valoriza o tempo, o cuidado e o reuso de materiais, a indústria — especialmente a têxtil — é uma das que mais poluem. No Brasil, cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis são geradas por ano, mas só 20% são recicladas. O restante vai para aterros, poluindo o meio ambiente. Além disso, tecidos sintéticos podem levar até 400 anos para se decompor, liberando microplásticos e contribuindo para o aquecimento global.
O artesanato, por outro lado, movimenta a economia local, gera empregos e preserva tradições culturais. Comprar de artesãos é manter vivas as histórias da sua cidade, valorizar o feito à mão e promover um consumo mais consciente e afetivo.
Se você quer encontrar artesãos na sua região, procure por feiras culturais, eventos comunitários ou pesquise na internet por “artesanato + nome da sua cidade”. Em Criciúma, por exemplo, você pode conhecer a Feira Expressão Coletiva, que reúne mais de 30 artesãos com o objetivo de promover a economia criativa e dar visibilidade a talentos locais. É uma ótima oportunidade para conhecer quem produz, trocar experiências e consumir de forma mais responsável.
Um agradecimento final à Simone e à Mércia, da marca Mersí, que transformam o que seria descartado em beleza. Com sensibilidade e propósito, elas criam peças lindas a partir de materiais que iriam para o lixo — especialmente tecidos jeans, que são grandes poluentes para o meio ambiente.
Que o trabalho delas continue nos inspirando a olhar com mais cuidado para o que consumimos, e a valorizar a beleza que nasce da consciência e do reuso.